Esse
livro tem um lugarzinho especial no meu coração pois foi um dos primeiros de
literatura juvenil nacional que eu li e também foi minha primeira experiência
com a escrita da Carina.
Ele
conta a história de Alicia, uma garota de 24 anos, órfã de pai e mãe desde
pequena e que vive com o rico avô Narciso, dono de uma grande rede de empresas.
Alicia é um pouco mimada, já viajou para vários lugares no mundo – e foi presa
em grande parte deles -, nunca trabalhou a sério e que tem medo de insetos, sei que
parece algo irrelevante, mas vai gerar algumas passagens bem divertidas.
“— Eu não estava fazendo nada de errado. Eu
nunca faço nada errado – me defendi.
Seus olhos azuis,
exatamente as cor dos meus, se estreitaram, as rugas ao redor tornaram tudo
mais ameaçador.
— Precisei enviar três advogados a Amsterdã para
livrar você da cadeia. Amsterdã, Alicia! – ele frisou, o rosto duro. – Onde tudo
é permitido! Evidentemente, você teve que encontrar uma forma de mudar isso...”
Quando
o avô Narciso morre, Alicia se vê devastada, afinal ele era sua única família.
Mas o pior aparece quando ela vai abrir o testamento e dentre todas as
cláusulas, está incluído que ela só terá acesso a herança se encontrar um marido
e permanecer casada durante um ano. Aí já viu que a coisa fica interessante né?
A
partir desse momento ela começa a ver como é o mundo real e começa o seu longo
processo de amadurecimento. Ela começa a trabalhar em uma das empresas do avó
como assistente de secretária, um cargo que obviamente está bem longe de suas
expectativas. No meio de tudo isso entra o Max, um cara que trabalha com ela e por
quem, já logo no primeiro momento, desenvolve uma certa antipatia (mútua, a
propósito). Desde o começo do livro dá para notar que
ela não é das pessoas mais pacientes do mundo, bem daquelas que faz e depois
pensa, e quando se vê cansada dessa nova vida totalmente diferente da que estava
acostumada, ela tem a sua ideia mais brilhante. Alugar um marido.
Exatamente isso. Ela coloca um anúncio no jornal e bam! Problema resolvido. Só
que não! Lembra do Max? Acho que já entendeu o papel dele nessa história, certo?
(E juro que isso não é spoiler).
No
decorrer do livro vamos acompanhado o relacionamento da Alicia com o Max, como
eles passam a tentar viver juntos sem matar um ao outro. Somos apresentados à
família dele, que embora não apareçam muito me conquistaram no primeiro
momento; ao advogado Clóvis e à melhor amiga Mari, que acompanha Alicia em
todas as suas peripécias (isso é que é amiga kkk!!). E também percebemos como
ela cresce no decorrer do tempo, passando a ser mais do que a herdeira baladeira, e também vemos como ela passa a se comunicar com seu avô através dos sonhos (o que
achei lindo!).
O
livro é narrado em primeira pessoa, mostrando o ponto de vista da Alicia. São
472 páginas, mas é uma narrativa tão leve, tranquila e divertida que quando
você se dá conta já passou da metade. É uma leitura exatamente para
descontrair, relaxar e dar umas boas gargalhadas.
“Pegando o celular, ele o aproximou
corajosamente da orelha. Max realmente não tinha medo do perigo”
Por:
Neilly Lucy
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