Não existe sensação que se
compare a de descobrir que o romantismo ainda vive. Que ainda existem almas
vivas que se deixam envolver por um papel e uma caneta. Que deixam suas mãos
deslizarem sobre uma folha, transbordando sentimentos. Tudo através da sua
própria letra. Não importando se é bela ou feia, pois, no final, é sua. E não
há forma melhor para expressar seus sentimentos do que com suas próprias
características.
São
raras essas almas, que sentem prazer ao ver o resultado em suas mãos, com
aquela folha de caderno ou de bloquinho, cheio de borrões dos lugares onde
errou. De onde a tinta manchou, pois sua mão passou por cima de onde as
lágrimas derramaram.
São
raras as almas que possuem a paciência para esperar até aquela obra-prima,
cheia de amor e carinho, chegar. De ler e reler e tentar decifrar os
sentimentos do remetente apenas pela força do traço. E que não veem a hora de
passar pelo mesmo processo. E imaginar o rosto do destinatário quando ele
estiver lendo.
São
raras essas almas.
E agradeço todos os dias por ter encontrado uma.
Por: Neilly Lucy
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