Minha primeira leitura do ano e
posso afirmar que já comecei com o pé direito. A cada dia tenho ficado mais
apaixonada por romances de época e esse não me decepcionou nem um pouco.
O Príncipe dos Canalhas conta a
história de Lorde Dain, um homem que se sentiu inferiorizado desde a infância, graças a rejeição de seu pai por conta de sua aparência, que cresceu e conseguiu
multiplicar sua fortuna em jogos de azar. Muito inteligente e de humor
sarcástico, Lorde Dain possui um dicionário pessoal e se envolver em um
relacionamento amoroso com uma dama não
faz parte dele.
Jessica Trent é uma mulher solteira
de 27 anos, que apesar dos costumes estabelecidos pela sociedade, recusa-se a
casar e se ver dependendo de um homem. Com o sonho de abrir sua própria loja
para vender antiguidades, ela é atraída a Paris para livrar seu irmão Bertie
das garras de Dain, também conhecido como Lorde Belzebu, que ela
acredita ser o grande motivo para seu irmão estar afundando em dívidas.
Logo no primeiro momento em que
se encontram, já se percebe uma grande atração entre os dois. Os personagens
possuem gênios muito fortes e a cada momento, o que seria uma demonstração de
amor ou afeto, acaba sendo interpretado erroneamente. Resultando em situações cômicas
e muitas vezes dramáticas.
Dain, que me parece ter sérios
problemas de autoestima, não acredita que possa ser amado ou um mera fonte de
interesse para Jessica, o que faz com que ele sempre tenha respostas afiadas ou
dê uma risada debochada ao final do que ele imagina que tenha sido alguma
ofensa a sua pessoa. E Jéssica também não tem o melhor julgamento, por ser
diferente do padrão das meretrizes da época que tanto o interessam, considera
que Dain não se sente atraído por ela. Os dois entram em uma disputa, um
verdadeiro jogo de gato e rato – como diz na sinopse – para ver quem tem a
palavra final.
O livro é narrado em terceira
pessoa, alternando o ponto de vista entre os personagens, fazendo com que, assim, o leitor possa saber exatamente o que cada um pensava em todas as cenas. Embora,
seja focado nos principais, temos muitos personagens secundários que acrescentaram
algo a mais a trama.
Com uma linguagem um pouco
rebuscada, que me fez pegar o dicionário em alguns momentos, romance,
drama exacerbado e muita confusão, é um livro que se diferencia dos outros de
mesmo gênero, devido a passagens mais cômicas, e um pouco devassas – ainda estou
me perguntando se determinados comportamentos seriam realmente aceitos naquela
época – mas que me deixou com um ar de satisfação ao final.
Por: Neilly Lucy
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